Mas 2011 não foi de todo
tão ruim assim, vai. No começo, parecia que o ano ia
se arrastar e demorar pra passar. E agora eu to aqui pensando em tudo e
lamentando como ele passou rápido e eu não aproveitei tanto quanto deveria. Mas
muita coisa aconteceu. Me aproximei e dividi segredos com gente que eu não
tinha pretensão de trocar duas palavras e entretanto me afastei e hoje trato
como estranhas pessoas nas quais já depositei confiança e realmente achava que ficariam por um longo tempo na minha vida. Me
apaixonei, só pensei que estava
apaixonada, fingi que estava
apaixonada só pra fazer alguém feliz e em outras vezes me iludi que estava apaixonada só pra não me sentir sozinho. Usei
pessoas e elas me usaram e depois nós fingimos que nada aconteceu. Fiquei mal e
ao invés de fazer algo pra melhorar, coloquei aquela musica que traz todas as
lembranças de uma vez só e chorei. Chorei
muito. Chorei pelo acabou, chorei lembrando do que aconteceu e chorei até
pelo que nem chegou a ser. Reclamei
tantas vezes da vida e depois me senti culpado, olhando pro lado e vendo que
tem gente que não tem nem metade do que eu tenho mas nem por isso abaixa a
cabeça. Muita coisa deu errado. Tomei decisões quando estava com raiva e me
virei nos 30 pra poder voltar atrás depois. Fiz promessas quando tava alegre e
mais tarde me ferrei porque não pude cumprir. Fui de menos pra quem foi de mais
e só consegui considerar de menos quem me considerou de mais. Morri várias vezes esse ano. Morri de
tristeza, de ciúmes, de rir. Perdi a conta de quantas vezes disse em tom de
brincadeira todas as coisas que não pude falar falando sério. Eu disse “eu te amo” sem sentir e tive alguns “eu te amo” que ficaram entalados na
garganta sem conseguir sair. Tive mil e uma quedinhas e abismos por pessoas que
nem falavam comigo. Me deixei levar por gente interesseira e depois vi o quão
burra fui de cair nessa palavrinhas bonitas que todo mundo quer ouvir. Menti
pra conseguir o que queria. Acima de tudo, decepcionei as expectativas de muita
gente que botavam plena fé em mim. Meus pais, meus amigos. Gente que só merecia o melhor. Os meus melhores e mais loucos
momentos esse ano foram aqueles em que eu decidi fazer tudo de última hora, sem
planejar. E acho que se tu planejar demais, pensa demais, acaba desistindo. Mudei esse ano. Quase fui a loucura
esse ano. Poderia ter sido melhor esse
ano, só que não fui. Mas, vai ... Até que valeu a pena.
Vinícius
Kretek, VK (forever-in-my-memories)
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